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01-04-2003

Padre ou Pastor, ignorância ou preconceito?


Pluralidade

Pluralidade Padre ou Pastor, ignorância ou preconceito? António Marcelino* É muito frequente ver a comunicação social tratar de modo objectivamente inexacto o que se refere à igreja e aos seus responsáveis. Queremos pensar que é falta de preparação ou simplesmente ignorância. Mas pode ser má fé. Um jornalista, impreparado para o caso, quando escreve sobre desporto, economia, touradas, impostos, para dar apenas alguns exemplos, facilmente usa termos que não são os do meio nem os mais adequados ou equaciona mal os problemas em causa. Para evitar isso, os periódicos procuram hoje ter jornalistas especializados para os campos específicos, o que é uma medida normal de respeito para com os leitores e os assuntos tratados. Com algumas excepções, ainda não se passa assim quando se trata da igreja e das confissões religiosas. Mesmo quando os jornalistas já têm competência e preparação, frequentemente, não sabemos se, por cedência aos leitores, se por mercê das redacções e dos tituladores, as notícias e informações aparecem desfocadas e mesmo falsificadas. Não me refiro, como é lógico, ao jornalismo de opinião, pois aí cada um pode ter a sua, não dispensando, no entanto, de respeitar os outros que não pensam de igual modo. Refiro-me, sobretudo, à notícia e à informação que, para o serem, não se podem dispensar de ser objectivas, pense lá o que pensar quem as redige. Profissionais menos livres e pouco honestos, normalmente, desconhecem e calam o que não lhes interessa, esquecidos de que pode o mesmo interessar ao leitor e é esse que deve ser atendido. Quem escreve fá-lo para quem lê e não para se incensar ou auto satisfazer a si próprio. A penúltima semana foi fértil em títulos distorcidos e talvez nem sempre de modo inocente. Dois exemplos. Um diário diz de um “padre preso por traficar urânio”, sabendo bem que tal pessoa nunca foi padre, mas alguém que se autopromoveu a “pastor” para presidir a uma seita por ele fundada, com fins menos religiosos. O caso já andou nos jornais. Mesmo assim, o diário em causa, que na primeira página chama a atenção para um “pastor acusado de tráfico de urânio”, acha que tem mais mordente, ao dar à notícia uma página completa, promovê-lo a padre. Um semanário, habituado a fazer graça com os títulos, fala de “cheque ao bispo”. O mínimo que se poderia esperar é que o assunto fosse depois tratado com a seriedade e objectividade que merece. Não era difícil fazê-lo. Os meios de comunicação social são importantes e indispensáveis. Em alguns preside um anticlericalismo primário que está fora do tempo. Em democracia pode escrever-se ou dizer-se que já ninguém vai para a cadeia por isso. Mas, em democracia, a seriedade também tem o seu lugar e o respeito para com todos e muito mais para com a verdade, são valores sempre actuais e louváveis. Chega de preconceitos doentios. *Bispo de Aveiro (22 Jul / 9:19)

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